Economia Circular no mercado de Limpeza, Higiene e Saneantes

Um dos problemas que a modernização de produtos e embalagens gera é a diversidade da composição de materiais, ocorrendo uma mistura para atingir a melhor performance de um produto ou embalagem.

Essa evolução é muito comum no dia a dia encontrada, por exemplo, nas embalagens de leite chamadas popularmente de Tetra Pak” (lembrando que Tetra Pak é o nome comercial de uma fabricante de embalagens). Este tipo de embalagem é formado, de forma genérica, pelos seguintes componentes: ±75% de papel, ±20% de plástico, ±5% de alumínio.

O modelo que o mundo mais utiliza e está defasado (pois o sistema não se sustenta) é a Economia Linear e, segundo o site www.ideiacircular.com, o sistema se baseia no crescimento econômico dependente do consumo de recursos finitos, o que traz o risco iminente de esgotamento de matérias-primas; ainda segundo o mesmo site além dos problemas associados à extração insustentável de recursos, ocorre também a contaminação decorrente da produção e descarte de produtos, gerando um elevado volume de resíduos inutilizados e potencialmente tóxicos. O esquema do modelo linear de consumo está exemplificado na figura 1.

Disponível em: https://www.ideiacircular.com/wp-content/uploads/2018/09/page-economia-circular-001.png; Acesso em jul 2020;

Um conceito muito atual e totalmente em acordo com a natureza é a Economia Circular – tema este que objetiva o uso de materiais reciclados como insumo para a produção de novos.

O modelo mais moderno de utilização dos recursos que possui uma ideia distinta da convencional é a Economia Circular – objetiva o uso de materiais reciclados como insumo para a produção de novos produtos. Segundo o site www.ideiacircular.com  O desenho intencional de novos produtos e processos possibilita o aproveitamento inteligente dos recursos que já se encontram em uso no processo produtivo. Os resíduos se tornam nutrientes em novos processos – e produtos ou materiais podem ser reparados, reutilizados, atualizados ou reinseridos em novos ciclos com mesma qualidade ou superior, ao invés de serem jogados fora”. A figura 2 exemplifica o esquema do modelo circular.

O mercado de produtos de higiene, limpeza e saneantes já aborda o tema e trabalha para implantá-lo. Segundo publicação do site da ABIPLA (Associação das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional) no dia 25/11/2015 foi integrado um acordo que tem o objetivo de garantir destino final ambientalmente correto às embalagens – estas podem ser compostas de papel, papelão, plástico, alumínio, aço, vidro ou pela combinação entre estes materiais.

A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) aborda tanto a responsabilidade ambiental quanto a social e focando neste tema a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) fundou o programa “Dê a Mão para o Futuro”  contemplando questões ambientais, e de responsabilidade compartilhada e inclusão social, em parceria com a ABIPLA e ABIMAPI, abrangendo grande parte do território brasileiro.

A ABIPLA assinou um termo de compromisso com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de SP (representada pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de SP) sobre Logística Reversa de Embalagens em Geral (dados no site da ABIPLA publicado em 15/10/2018).

No dia 24/09/2019 a CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizou o Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, alinhando debates sobre o tema que a indústria brasileira deverá tomar frente a esta nova tendência mundial. No Brasil há problemas institucionais para incluir novos modelos de negócio no processo produtivo, que devem ser superados.

Partindo do mesmo princípio desta tendência mundial o Celquim está em acordo com os princípios do Modelo Circular pois é um produto natural, produzido a partir do mineral Zeólita Clinoptilolita, sem ativação química e não provoca grandes impactos ambientais na sua produção. Sua utilização em sabões em pó pode ser inserida no modelo circular quando o lodo de uma ETE possuir um destino ambientalmente correto (em alguns países se utiliza na agricultura ou na fabricação de materiais da construção civil); ele poderá auxiliar no processo de secagem do lodo, inclusão de mineral no produto para construção civil, e potencial aumento de CTC na agricultura (possibilidades teóricas não avaliadas com ensaios).

 

Fontes de informação: